Dirigente defende recontratação de servidores aposentados do INSS

A situação das filas nos postos do INSS segue preocupante, principalmente para mais dois milhões de pessoas que aguardam a liberação da aposentadoria e outros benefícios.

Pressionado pela opinião pública, o governo Bolsonaro anuncia um mutirão para zerar a fila de pedidos e a contratação de sete mil militares da reserva. Esse contingente reforçaria o atendimento nas agências. A proposta é criticada por Natal Leo, presidente do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da União Geral dos Trabalhadores (Sindiapi-UGT).

O dirigente levanta dois motivos: financeiro e capacitação. Ele explica: “Para fazer o atendimento, o funcionário além de ser treinado, deve ter prática. São muitos detalhes específicos. Mesmo com treinamento, os militares não teriam essa expertise”, ele afirma. 

Outro fator, segundo o dirigente, seria o financeiro. Natal afirma que a recontratação de aposentados do órgão, que se afastaram nos últimos dois anos, sairia muito mais barato, além de não ter o custo e o tempo de treinamento. 

Cerca de dez servidores se aposentaram desde 2017. Sem a realização de concurso público ou a contração de novos funcionários, filas e pedidos se acumulam no sistema. A população reclama e com razão. 

“Denunciamos esse problema em dezembro no Conselho Nacional de Previdência (CNP). O sistema não foi adaptado às novas mudanças impostas com a reforma da Previdência e não houve investimentos para fazer a implantação do sistema digital. Pelo contrário, há um sucateamento do órgão”, relata Natal. 

Desmonte

Em dezembro passado, o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, em reunião interna, anunciou corte de 50% da estrutura administrativa. A previsão é fechar 500 agências até julho deste ano. A alegação é que a informatização para obtenção dos benefícios da Previdência reduz a necessidade de manter 1,2 mil agências espalhadas pelo Brasil. 

A Portaria 13.623, do Ministério da Economia, publicada em 12 de dezembro, confirma a intenção de reduzir em 50% as Unidades Administrativas de Serviços Gerais de sua estrutura até 30 de junho de 2020.

A curto prazo, o presidente do Sindiapi-UGT acredita que o ideia de mutirão é positiva.

No entanto, ele defende: “Muitas agências já foram fechadas. Faltam funcionários. Para solucionar o problema, tem que diminuir a burocracia, atualizar o sistema e contratar servidor público. Ou seja, tem que ter investimento”. Para ele, sucatear o órgão está longe de representar uma solução.

Fonte: Agência Sindical

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